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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vestibular 2010 - UNIMONTES

Caríssimos, iniciaremos, agora, uma nova série de atividades com vistas ao Vestibular da Unimontes (2/2010 e 1/2011). Para tais atividades, faremos um restrospecto da Teoria Sociológica Clássica: Fundamentos da Sociologia (contexto histórico de sua formação, positivismo etc.), e as Sociologias de Karl Marx, Max Weber e Emile Durkheim. Logo após a compreensão dos principais conceitos desses autores, passaremos à percepção de outros conceitos sociológicos tais como: Teorias Políticas, Extratificação Social, Debates de Gênero e Raça, Movimentos Sociais, Políticas Sociais, Modernismo e Pós-Modernismo.

Após cada conceito estudado, faremos, também, as resoluções de questões específicas que podem ser cobradas no vestibular.

Então é isso. Comecemos!
Bons estudos!!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Introdução à Sociologia

A Sociologia, ou Ciências Sociais, tem sua origem com o final do Séc. XVIII e início do Séc. XIX. São vários aqueles que titulam a sua paternidade: August Comte e Durkheim, por exemplo. Mas vamos colocar os pingos nos devidos i’s.
Com o fim do Século XVIII e com o Iluminismo, a Ciência, como um todo, buscava o seu espaço como fundamento que pudesse aferir verdades aos fenômenos: físicos, geológicos, biológicos, químicos e, claro, sociais. Era a ascensão da RAZÃO sobre o senso comum. Dessa forma, ganha-se respaldo aquelas ciências, sobretudo as chamadas “Ciências Naturais”.
A Filosofia, até então, era o único instrumento de reflexão sobre todos e quaisquer fenômenos da vida humana. Subdividida em duas categorias: Teologia e Metafísica, a filosofia ou dogmatizava a verdade da igreja (teologia) ou abstraía, das idéias, reflexões relativas em torno de qualquer fenômeno (metafísica).
Dois acontecimentos foram cruciais na História que marcaram o Séc. XVIII: as revoluções burguesas Industrial e Francesa. As transformações propiciadas por essas revoluções são e foram sentidas em todo o mundo. Transformações em todas as esferas: econômica, política, cultural e social. Transformações que deram carona à consolidação do que chamamos, hoje, de Sistema Capitalista.
Bem.. tais transformações não poderiam mais serem explicadas pelo dogmatismo da Teologia (“Deus quis assim”) e nem pelo relativismo da Metafísica, onde tudo é verdade e não é, ao mesmo tempo. Eram precisas explicações reais para os fenômenos sociais que o mundo estava experimentando.
Auguste Comte foi, então, o primeiro a pensar uma Ciências que pudesse direcionar um olhar metodológico à sociedade, retirando, da mesma, conceitos a partir de experimentos. Chamou essa Ciência de POSITIVISMO.

Podemos lembrar o sinal de “mais” (+) para caracterizarmos o POSITIVISMO. Positivismo de positivo, ou “+”, que lembra o Plano Cartesiano, de René Descartes, já que a Ciência racional ou, cartesiana, estava em expansão.
Entretanto, somente no Séc. XIX, Emile Durkheim criou a Cadeira de Sociologia na Universidade de Sourbone, na França e, assim, criou a Sociologia tal qual conhecemos hoje, dando à mesma, objeto de estudo e instrumentos de estudo. Uma espécie de cartilha dizendo o que o sociólogo deve estudar e como ele deve estudar.
As palavras-chave que devemos guardar, então, ao falarmos sobre o Surgimento e a Consolidação da Sociologia é: Revolução Industrial, Revolução Francesa, Consolidação do Sistema Capitalista, Positivismo (primeira manifestação sociológica), Auguste Comte (criador do Positivismo) e Emile Durkheim (criador da Sociologia como disciplina universitária).

domingo, 9 de maio de 2010

Belo Monte

Chegamos a mais um ano eleitoral e, mais uma vez são os interesses políticos que roubam as cenas. A construção da Usina de Belo Monte é o que podemos considerar "Elefante Branco", tanto de lado quanto de outro (politicamente falando). Quem é presenteado e quem presenteia é que é difícil de se descrever. Afinal de contas, é necessária a construção desta usina? Eu acredito que sim, mas, tem que ser naquela localidade? Ambientalistas acusam o Governo de não terem feitos todos os estudos de impactos ambientais necessários. Representantes sociais acusam o Governo de não estar levando em consideração os danos que, por ventura, terão as populações locais (populações tradicionais, povos indígenas e outros); a oposição também acusa o Governo de tudo... ou seja, de não serem, eles, enquanto situação, os agentes executores dessa obra (...); e o Governo acusa a oposição, os ambientalistas e os representantes sociais de não estarem levando em conta o "desenvolvimento do país" e "urgente necessidade de se fixar garantias na produção de energia" para o país.
Bom, eu não sou ambientalista, não sou representante de organizações sociais e muito menos pertenço a grupos políticos simpáticos nem ao governo e muito menos à oposição. Só lamento que este debate ocorra em vésperas de eleição.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ensino em Série

A educação brasileira tem vivido uma Era de Ouro. Ou como muitos preferem dizer: está preparando as nossas crianças para o "Mercado de Trabalho".
Antigamente, escola era espaço de formação: social e intelectual. Mas, sobretudo, social. Quase que uma extensão da família.
MAS TEMOS QUE PREPARAR OS NOSSOS FILHOS PARA O MERCADO DE TRABALHO.
Ou seja, temos que transformá-los em mercadorias. Valorizar sua mão-de-obra. Agregar valor. Transformá-los em consumidores, de si próprios, inclusive.
Hoje em dia é assim: trabalhamos com metas. A meta do aluno é o vestibular. Como um carro que tem a meta de ser "o mais rápido", o "mais econômico", o de "maior estabilidade". Para garantir que esse carros, digo, alunos, batam suas metas, equipamos nossas fábricas, digo, escolas, com a mais alta linha de operários, digo, professores. Desta forma, como que em uma "linha de produção" parafusamos a matemática (e os macetes), parafusamos o português (e os macetes), a química (e os macetes), e assim por diante. Resumo, não temos mais filhos, alunos ou crianças. Temos carros.
E o tal "Mercado de Trabalho" continua ditando as regras...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sociologicamente falando...

Recentemente a Sociologia voltou a ser disciplina obrigatória no Ensino Médio. Isto pegou, de surpresa, tanto alunos quanto professores, trazendo distintas dúvidas sobre o "por que" e "para que" estudar Sociologia; e sobre "o que" estudar em Sociologia.
Até a década de 1980, haviam diversos cursos de licenciatura em Ciências Sociais no Brasil. Ou cursos semelhantes, como o famoso Humanidades. Há poucos anos, a grande maioria daqueles cursos de licenciatura passaram a ser substituídos por bacharelados, uma vez que o ensino de sociologia passavam a ser incorporado em outras matérias das ciências humanas, principalmente História. Creio que este tenha sido o elemento que melhor contribuiu para a formação nos novos sociólogos. Os antigos, perdoem-me a minha expressão, aprenderam "na marra". Com os incentivos às pesquisas acadêmicas, orientações, iniciações científicas e bolsas de mestrado e doutorado, as Ciências Sociais, no Brasil, têm rompido fronteiras que outras ciências, já maduras, ainda testam. Se sociólogo é cientista, tem de aprender a fazer ciência.
Agora a Sociologia retorna às cadeiras secundaristas, todavia, tanto os novos sociólogos quanto os velhos, que resolveram se dedicar ao ensino desta tão "chata" matéria aos alunos do ensino médio, ou não sabem dar aulas (deficiência pedagógica causada pela substituição da licenciatura pelo bacharelado), ou se esqueceram de como é dar aulas de sociologia, uma vez que, com os anos, se acostumaram a ministrar outras matérias: história, ensino religioso, artes (por mais incrível e inacreditável que pareça).
O resultado é facilmente percebido, primeiro pelos alunos e, somente depois pelos professores: confusão.
Outra variante que deve ser levada em consideração quando pensados os desafios para alunos e professores do ensino médio com o aprendizado de sociologia é o de que, infelizmente, ensino médio, hoje, é cursinho pré-vestibular. Sendo assim, é normal um aluno questionar o ensino de sociologia numa fase em que a maior preocupação de todos é o vestibular, que cobrará dos mesmos o conhecimento de fórmulas e suas aplicações na Física, na Matemática, na Química (...) e conhecimentos sobre organismos biológicos que, sim, é necessário ser aprendido. Ou, como alguns alunos costumam dizer: “Sociologia é um tipo de História, só que mais chata”.
Bom, como sociólogo que sou, digo e afirmo: eles estão certos. Sociologia no ensino médio é uma chatice sem tamanho. Isto se ensinada da forma como é ensinada.
Vejam que eu não sou pedagogo, e nem mesmo tenho qualquer tipo de especialização na área de docência, mas, assim como a matemática, a biologia, a física, a química e outras ciências naturais e humanas, a sociologia tem uma aplicação muito mais ampla que o conhecimento sobre as “transformações do Séc. XVIII”, ou sobre as biográficas de Marx, Weber e Durkheim. É claro que esses são Clássicos da Sociologia e que o conhecimento de suas obras é básico e obrigatório no entendimento sociológico. Mas que tal deixar este estudo para os sociólogos e privar os secundaristas dessas “chatices” e partir para aquilo que é uma Sociologia, de fato?
Por favor, não me julguem antes de lerem todo o meu artigo. Não é minha pretensão ser um reducionista. Eu seria leviano. Não possuo um conceito pronto e fechado para caracterizar o que acabei de chamar “Sociologia de fato”. Mas o que proponho é que tentemos desenhar, para os nossos alunos, o que são e como são usadas as distintas “lentes sociológicas”, que os próprios alunos terão que construir, assim como nós, sociólogos, antropólogos e cientistas políticos fazemos em nossas análises. Ou seja, “Sociologia de fato”. Bom, é claro que, para isso, tenho que conhecer um pouco da História desta Ciência: as transformações do Sec. XVIII, alguns conceitos de Marx, Weber, Durkheim etc.. Mas, estes Clássicos apenas nos ensinaram a como criarmos os nossos próprios instrumentos de trabalho: métodos, conceitos, focos.
O objetivo deste Blog é o de compartilhar com alunos e professores do Ensino Médio, e também (por que não), acadêmicos e professores do Ensino Superior sobre o estudo da Sociologia.
Olhar para um composto químico, ou para um organismo biológico, ou mesmo para um projétil ou função matemática, analisá-los, criar conceitos, engajar-se na eterna luta pela “verdade” (...), este é o interesse de qualquer cientista. E daí, podem vir os relativistas e criticarem, mas a verdade é que todo mundo busca a VERDADE. Até mesmo os que dizem que: “Em verdade eu vos digo que nada é verdade, mas tudo é relativo”. Bom, esta é uma frase completamente anti-relativista... então, permaneço com minha concepção.
No mais, chamando para perto os relativistas (inclusive eu me considero um), não é a intenção deste blog afirmar verdades, mas levantar debates. Conto com a colaboração e o compartilhamento de experiências, artigos, produtos de todos.
Sociologuemos!!!